A segunda-feira, (20), foi agitada na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santa Cruz do Rio Pardo, por quase 12 horas os policiais ouviram Sueli Feitosa e o seu cunhado Adilson Gomes, como parte das investigações dos desvios dos cofres da prefeitura da cidade.
Sueli, a maior beneficiada do desvio, chegou de Pirajuí, onde está presa, por volta das 09h30, e só deixou a CPJ ás 21h, já o seu cunhado, preso em Cerqueira César, chegou ás 09h40 e foi embora por volta das 17h.
O Promotor de Justiça, Reginaldo Garcia, acompanhou todos os trabalhos, e também por mais de duas horas conversou com Feitosa. Também estiveram na CPJ, o ex-secretário de Finanças, Armando Cunha, e o secretário de Administração, Edwin Brondi, além da procuradora geral do Município, Luciana Junqueira.
De início, os delegados Renato Caldeira Mardegan, Valdir de Oliveira e Isabel Bertoldo ouviram Sueli Feitosa por mais de três horas, depois por quase duas horas os delegados conversaram com Adilson.
Em seguida foi a vez de Reginaldo Garcia ouvir Sueli por mais de duas horas, e então, estava marcada uma acareação entre ela e seu cunhado que acabou não acontecendo, “Não houve a necessidade desta acareação”, explicou Mardegan sem querer falar muito do assunto.
Então teve início a acareação entre Sueli e Armando Cunha, “Foi tranquilo o encontro dos dois, eles divergiram em vários pontos, foi uma acareação bastante proveitosa, e depois o Dr. Valdir deverá fazer uma análise mais minuciosa deste trabalho”, disse Mardegan. O delegado Valdir porém, deixou a CPJ sem falar com a imprensa.
Por fim, Feitosa esteve com a advogada Luciana Junqueira, a ex-tesoureira foi notificada sobre a sindicância da prefeitura que investiga os desvios. Tambéme sobre este encontro, não foram divulgados detalhes para imprensa, uma vez que funcionários da prefeitura estão proibidos de conceder entrevista sobre o assunto, por uma portaria do prefeito Otacílio Parras Assis (PSB).
Ao final dos trabalhos Renato Caldeira Mardegan conversou com a imprensa: “Foi um dia de muito trabalho, ela não nos contou grandes novidades, isso porque já estamos muito bem documentados, ela continua dizendo que agiu sozinha, e também não aconteceu a delação premiada, que ainda deve acontecer” disse.
Bastante monossílabo, o promotor Reginaldo Garcia também falou com a imprensa; “Não teve a delação premiada isso ainda vai acontecer, vou esperar uma prévia da defesa para voltarmos a falar com ela”.
Os advogados de defesa também avaliaram como positivo o dia em Santa Cruz: “Foi muito bom, o Adilson mais uma vez contou tudo o que sabe, continuamos a apresentar documentos que provam a sua inocência, espero que em breve ele seja libertado” disse Luiz Henrique Mitisunaga, advogado que defende Adilson Gomes.
Para o advogado de Feitosa, Antonio Godoy Maruca, a delação deve acontecer em breve; “Hoje não teve a delação, mais ainda vai acontecer, estamos bastante tranquilos, vou continuar pedindo a libertação da minha cliente”,comentou.