Na tarde desta segunda-feira (20), foi realizada na Câmara Municipal a primeira reunião de trabalho da CPI que vai investigar a suspeita de pagamentos irregulares de horas extras a funcionários da Codesan entre anos de 2005 e 2013, e se a direção da empresa foi omissa durante este período. A primeira testemunha foi o vereador Cristiano Miranda (PSB), já que a legislação municipal exige que o primeiro signatário do pedido de abertura da CPI deponha logo de início. Como já era esperado, o vereador não apresentou nenhuma novidade sobre o caso e simplesmente cumpriu o rito definido pela Lei.
Cristiano foi questionado basicamente sobre quando teve conhecimento da suspeita de pagamentos irregulares e se tinha mais informações a respeito. O vereador declarou que teve ciência do caso somente após matéria publicada pelo jornal Debate, em meados deste ano. Apesar de ser suplente no conselho fiscal e um dos vereadores mais próximos da atual administração da Codesan, Cristiano salientou que “sabe apenas aquilo que já foi divulgado até o momento, além das informações que constam em documentos enviados para a Câmara”.
O depoimento durou menos de 10 minutos. Participaram os vereadores Luciano Severo (PRB), presidente da CPI, Lourival Heitor (DEM), relator, e Paulo Pinhata (PMDB), membro. O Procurador jurídico do Legislativo, João Luiz de Almeida Junior, também compôs a bancada. Dos treze vereadores de Santa Cruz, além dos integrantes da CPI e do depoente, apenas Murilo Costa Sala (SD) esteve presente acompanhando os trabalhos.
Próximos depoimentos
A partir desta terça-feira (21) começam as oitivas mais relevantes para a apuração do caso. Amanhã serão ouvidos Cláudio Agenor Gimenez (14h00), atual presidente da Codesan e seu antecessor, Eduardo Blumer (16h00). Na quarta-feira (22) será a vez do ex-presidente da Codesan no governo de Adilson Mira e diretor da empresa no início do governo Otacílio, Miro Picinin (14h00) e também do ex-diretor financeiro Abelardo Pinheiro Guimarães (16h00). Na quinta, depõe os ex-diretores Rubens de Paula Vieira, que desempenhou a função durante o governo de Adilson Mira, e José Antonio Vidor, diretor na administração Otacílio.
Nas próximas semanas, o prefeito Otacílio e os ex prefeitos Maura e Mira também devem ser chamados para prestar esclarecimentos, porém ainda não há data definida.