Política

Ex-diretor afirma que Otacílio sabia de horas extras fantasmas desde 2013

A dúvida que paira: por que só em 2017 figuras ligadas à administração se interessaram em investigar o caso a fundo?

Abelardo depõe aos membros da CPI. foto: André Rúbio

Em seu depoimento a CPI que apura possíveis horas extras “fantasmas” na Codesan entre os anos de 2005 e 2013, o ex-diretor financeiro, Abelardo Pinheiro Guimarães, foi claro ao afirmar que se identificaram pagamentos de horas extras não trabalhadas na empresa, tanto para funcionários do setor operacional como para os do escritório. A descoberta, segundo Abelardo, ocorreu em março de 2013 e foi imediatamente informada ao prefeito Otacílio Parras Assis. Segundo o ex-diretor, o prefeito ficou surpreso e pediu que a situação fosse resolvida o quanto antes. Então, os pagamentos irregulares cessaram e uma reestruturação salarial foi realizada em meados daquele ano.

Abelardo entrou na Codesan em janeiro de 2013. Em seu depoimento realizado na tarde desta quarta-feira (22), ele declarou que, de acordo com relatos de funcionários, os pagamentos teriam começado na gestão do ex-presidente José Eder Pereira, morto em agosto deste ano, em decorrência de um acidente na rodovia SP 225 no mês de julho. Segundo foi informado, as horas extras não trabalhas seriam uma espécie de “compensação” salarial, já que em alguns casos funcionários ganhavam abaixo do que era praticado no mercado (caso do setor administrativo) ou até mesmo menos que o piso da categoria.   

Abelardo também disse que lhe causou estranheza as declarações do atual presidente da Codesan, Cláudio Gimenez, de que só teve conhecimento dos fatos em junho deste. Além de Otacílio, que sabia desde 2013, segundo Abelardo, o copo jurídico que realizou a reestruturação salarial na empresa foi mantido qunado o atual presidente assumiu em 2015.

Ouça a entrevista coletiva do ex-diretor financeiro Abelardo Pinheiro Guimarães:

 

Na tarde desta quinta-feira (23), depõe no plenário da Câmara Municipal os ex-diretores Rubens de Paula Vieira, que desempenhou a função durante o governo de Adilson Mira, e José Antonio Vidor, diretor na administração Otacílio.