Policial

CART alerta sobre os riscos de beber e dirigir

 

 

No feriado de Carnaval, Concessionária reforça o perigo da combinação direção x álcool e mostra como a bebida afeta os sentidos do condutor

 

O Carnaval é uma data aguardada para quem quer cair na folia e não abre mão de festa. Muitos preferem curtir o feriado com familiares e amigos de outras cidades, fator que representa um aumento de 20% no fluxo das rodovias administradas pela CART – Concessionária Auto Raposo Tavares.

O tráfego intenso exige atenção redobrada. Neste período, as pessoas costumam sair da rotina e aproveitam o descanso para relaxar. No entanto, é preciso que o motorista tenha consciência do perigo da combinação álcool e direção – que, além de proibida, representa um risco tanto para o condutor quanto para passageiros e outros usuários da rodovia.

Níveis de alcoolemia próximos de zero já influenciam o condutor ao dirigir, enquanto que o índice de 0,05 grama por 100 mililitros é suficiente para prejudicar a percepção visual e reflexos, de acordo com o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa). Acidentes provocados pela bebida alcoólica, conforme estudo do órgão, estão diretamente associados ao consumo frequente e à privação de sono, que eleva os riscos ao volante por conta da sonolência.

O encorajamento e a imprudência são fatores que elevam as estatísticas da violência no trânsito todos os anos. Pesquisa da revista americana Addiction com base em 1,4 milhão de acidentes fatais registrados entre 1994 e 2008 constatou que condutores alcoolizados estavam mais propensos a dirigir em alta velocidade e a ignorar o uso do cinto de segurança.

As habilidades para a tomada de decisões ao volante são comprometidas antes mesmo de aparecerem sinais físicos de embriaguez. Ao começar a beber, o álcool tem efeito estimulante imediato no corpo, com sensação temporária de euforia. O consumo elevado pode levar até a perda de consciência ao volante.

Para se ter ideia da absorção do álcool no organismo, uma dose de 0,2g/l, presente em um copo de cerveja, uma taça de vinho ou meia dose de cachaça, leva mais de uma hora para ser totalmente eliminada. Mas o tempo, segundo o Cisa, varia de pessoa para pessoa – mulheres, por exemplo, são mais vulneráveis ao álcool. Engana-se quem pensa que um copo de café pode ser a solução para quem bebeu e acredita que assumirá o volante em segurança. O álcool vai continuar a agir no cérebro e a afetar a coordenação por horas depois do último copo.

Campanha e fiscalização

Medidas educativas são instrumentos importantes de combate à combinação direção e álcool. No Carnaval, a CART promove uma série de ações com foco na orientação aos motoristas, com dicas e conscientização para uma viagem segura nos veículos de comunicação, site e nas redes sociais.

“O usuário do Corredor CART terá ainda informações sobre o tráfego nos trechos sob concessão e de segurança nos Painéis Variáveis de Mensagem e do teleatendimento dos SAUs”, afirma o engenheiro de Saúde e Segurança da CART, Nivaldo Bautz. “Nosso objetivo é garantir a todos uma excelente viagem e que cheguem aos seus destinos com tranquilidade”, ressalta.

O policiamento rodoviário também será intensificado durante o período. Segundo o Comandante do 1º Pelotão da 1ª Companhia do 2º Batalhão da Polícia Militar Rodoviária, Tenente Gabriel Eleutério Garcia, o plano operacional tem como foco coibir irregularidades como embriaguez ao volante, não uso do cinto de segurança, ultrapassagens proibidas e excesso de velocidade. Na avaliação do oficial, o período é considerado o mais crítico com relação a acidentes associados ao álcool, à frente de outras comemorações como Natal e Ano Novo. “É uma data que exige atenção maior ao policiamento em vista do público mais jovem que acessa rodovias para comemorar o Carnaval em outras cidades”, explica.

A orientação do tenente para o motorista que vai viajar é não dirigir se beber. Segundo ele, não há um prazo específico indicado pela Polícia Rodoviária para assumir o volante em segurança depois do consumo de bebida. “A intensificação das fiscalizações e o rigor das penas, dentre outras medidas, promoveram em vários motoristas mudanças de comportamento. No entanto, muitos ainda insistem em beber e dirigir, infelizmente”, lamenta o tenente. “O teste do etilômetro é necessário e preserva vidas, sendo que a recusa em submeter-se ao exame acarreta em responsabilizações de acordo com a lei”, adverte.

Além da atenção com o consumo de álcool, o tenente Eleutério orienta que motoristas, antes de viajar, tomem medidas de segurança como revisar o veículo, conferir pneus e sistema de iluminação. “Já na estrada, todos os ocupantes devem utilizar o cinto de segurança. Além do respeito à sinalização e aos limites de velocidade, recomendamos também a prática da direção defensiva e o respeito aos outros condutores”, destaca.

Legislação
Desde novembro de 2016, a multa para quem é pego pela fiscalização dirigindo alcoolizado passou de R$ 1.915,00 para R$ 2.934,10. É enquadrado ainda na infração, de natureza gravíssima, quem se recusa a fazer o teste do bafômetro. A lei prevê a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por 12 meses e a retenção do veículo como medida administrativa.

A tolerância zero, adotada na Lei Seca (nº 11.705/08), trouxe resultados positivos para a segurança no trânsito. Estatísticas mais recentes do Ministério da Saúde, divulgadas no primeiro semestre de 2016, apontam que há mais prudência no trânsito desde 2012, ano em que motoristas passaram a ser enquadrados até mesmo pelo consumo em doses menores de álcool.

No intervalo, houve uma redução de 21,5% no número de adultos que admitiram beber e dirigir, em um universo de 54 mil entrevistados. Os homens figuram 9,8% dos respondentes que assumiram dirigir sob efeito de álcool, em grau substancialmente maior em relação às mulheres (1,8%). No entanto, a população masculina que mistura álcool com direção apresentou uma queda de 22% desde o endurecimento da legislação. Estatisticamente, motoristas do sexo masculino na faixa etária entre 18 e 21 anos estão mais vulneráveis a acidentes associados ao uso de álcool.

A legislação mais rígida tem contribuído com um trânsito mais seguro. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os acidentes ocorridos por influência de álcool caíram 2,67% em 2014 na comparação com 2012.

O Brasil é parte de um seleto hall de 25 países que instituíram a tolerância zero para motoristas que dirigem sob efeito do álcool. O relatório global da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre álcool e saúde (Global Status Report on Alcohol and Health 2014), revela ainda que o país é um dos 130 que aplicam testes do bafômetro.  A Organização avalia que países que optaram por adotar medidas que combinam ações educativas, legislação e fiscalização têm avançado na redução da violência no trânsito.

A CART, uma empresa Invepar Rodovias, administra o Corredor CART, que é formado pela SP-225 João Baptista Cabral Rennó, SP-327 Orlando Quagliato e SP-270 Raposo Tavares, no total de 834 quilômetros entre Presidente Epitácio e Bauru, sendo 444 no eixo principal e 390 quilômetros de vicinais. A concessionária está inserida no Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo, fiscalizado e regulamentado pela ARTESP – Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo.

 

 

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