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Endometriose está relacionada à gestação mais tardia

 

 

A endometriose, doença benigna caracterizada pelo crescimento anormal de células do endométrio fora do útero, passou a ser mais frequente hoje se comparado a décadas anteriores. De acordo com a médica ginecologista e obstetra, Elaine Ali, de Santa Cruz do Rio Pardo, este aumento da incidência está relacionado ao fato de as mulheres, em geral, engravidarem mais tardiamente, o que influencia no surgimento e evolução da doença.

 

“É importante estar atentos às queixas das pacientes, e oferecer a elas a investigação e possível prevenção”, orienta a médica que nos explica um pouco mais sobre esta doença relativamente nova no universo feminino.

 

A endometriose pode se estender a cavidade pélvica, como ovários e trompas, ligamentos pélvicos e parede uterina, como também para peritônio, bexiga e intestino.

 

Da mesma forma que o endométrio [camada interna do útero] sangra, esses focos de endometriose espalhados na cavidade pélvica, quando presentes também respondem igualmente ao ciclo hormonal trazendo dores e cólicas abdominais.

 

No entanto, ao contrário da menstruação, esse sangue não tem por onde sair causando

cólicas menstruais de forte intensidade, dor ao coito, sangramento irregular e intenso. No período menstrual as cólicas podem se estender para as costas e também há sintomas de dores para evacuar.

 

“O período pré-menstrual e menstrual passa a ser de grande mal estar e sofrimento, levando as mulheres ao hospital e também atrapalhando o ritmo de vida devido às dores”.

 

Segundo a médica é necessário ter uma atenção maior às mulheres com cólica menstrual, desde a fase da menarca [primeira menstruação].

 

A causa da endometriose ainda não é esclarecida, mas sabe-se que as mulheres que deixam para ter filhos mais tardiamente têm mais chances de ter doença, uma vez que menstruam por muito mais tempo.

 

As formas de tratamento variam do estágio da endometriose.

Pode-se tratar com anticoncepcional de preferência de uso contínuo, menstruando cada vez menos, progestógenos e até cirurgias como a laparoscópica, e também associar o uso de hormônio GnRH para o pós-operatório. A própria gestação e amamentação passam a ser um calmante para endometriose, tendo em vista que ela não evolui no período gestacional e nem puerperal.

 

 

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