Política

CPI da ‘pílula do câncer’ na Alesp aponta falhas, Ricardo Madalena espera providências

 

 

A defesa da fosfoetanolamina é uma das bandeiras do deputado Ricardo Madalena

 

Deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) apro­varam, na quarta-feira (4), o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as pesquisas sobre a fosfoetanolamina sintética, popularmente conhecida como a “pílula do câncer”.

O relatório foi aprovado de forma unânime pelos parlamentares e concluiu que houve falhas na eficácia do remédio, na pesquisa e nos testes de segurança. O texto termina pedindo novos estudos.

O presidente da comissão, deputado Roberto Massafera (PSDB), afirmou que o documento será levado ao governador do Estado, para que as pesquisas sejam retomadas.

“Ficou claro que o estudo deve continuar. O protocolo aprovado não foi seguido à risca, apresentando diversas falhas. Precisamos dar conhecimento disso para as demais autoridades”, afirmou Massafera.

A CPI foi instalada em outubro de 2017 e ouviu cerca de 40 pessoa, dentre auditores da pesquisa, médicos oncologistas, professores, representantes da secretaria da Saúde e outros.

O objetivo da CPI era investigar a utilização do dinheiro público investido na pesquisa clínica do medicamento, que foi suspensa pelo Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (ICESP) em março.

O relator da CPI, deputado Ricardo Madalena, informou que o documento será encaminhado aos órgãos de controle do Judiciário, ao Ministério Público Estadual e ao Federal, “para que continuem as apurações e tomem as medidas responsáveis sobre as falhas que ocorreram na pesquisa”.

“Houve erro em 80% dos grupos pesquisados, que não completaram o total de 21 pacientes participantes, conforme determinado no protocolo. Apenas um grupo de câncer tinha 21 pacientes. Havia grupos que contavam com apenas um participante, o que é um absurdo”, afirmou o deputado.

Pesquisa

Em março, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) suspendeu a inclusão de novos pacientes nos teste clinicos com a fosfoetanolamina devido à ausência de “benefício clínico significativo” nas pesquisas realizadas até então.

Ao todo, 72 pacientes, de 10 diferentes grupos de tumores, tinham sido tratados no estudo da fosfoetanolamina até então. Destes, 59 tiveram suas reavaliações, e 58 não apresentaram resposta considerada objetiva pelos médicos. Apenas um paciente, que tem melanoma, apresentou uma resposta ao tratamento – uma redução de mais de 30% do tamanho das lesões tumorais.

 

Como surgiu a pílula

A fosfoetanolamina sintética começou a ser estudada no Instituto de Química da USP em São Carlos, pelo pesquisador Gilberto Chierice, hoje aposentado. Apesar de não ter sido testada cientificamente em seres humanos, as cápsulas foram entregues de graça a pacientes com câncer por mais de 20 anos.

 

 

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