19/08/2021

Campo do CAS vai receber o nome do atleta Ibson Caetano

 

 

Imagem do garoto foi exibido no telão do plenário durante a votação do projeto (foto)

 

Foi aprovado na sessão da Câmara Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo, na noite da última segunda-feira (16 de agosto), o projeto que autoriza a mudança do nome do estádio do CAS (Clube Atlético Santacruzense), localizado na quadra 24, no loteamento Vila Joaquim Paulino, para Centro de Treinamento Ibson Caetano. A alteração é uma homenagem ao saudoso atleta que faleceu em junho desse ano, após travar uma batalha pela vida, devido acidente ocorrido há um ano e oito meses.

O projeto foi apresentado pelo vereador José Nilton Fernandes (PSD). A matéria foi aprovada por unanimidade, com a presença de Emerson Caetano, pai de Ibson e coordenadores do CAS.

[caption id="attachment_13665" align="alignnone" width="260"] Emerson, pai do garoto, acompanhou a sessão[/caption]

 

HISTÓRIA

Ibson Caetano nasceu em Santa Cruz do Rio Pardo em 31 de outubro de 2007, filho de Emerson Caetano e Vânia Aparecida Santos Caetano.

Torcedor do São Paulo Futebol Clube, sempre demonstrou interesse e amor pelo esporte desde criança. Aos oito anos de idade, ingressou na Escolinha de Futebol do Clube Atlético Santacruzense - CAS, ocupando a posição de zagueiro, em que permaneceu até o dia do acidente. Em sua trajetória no CAS, Ibson conquistou muitos troféus e proporcionou diversas alegrias ao Clube.

No dia 1° de outubro de 2019, enquanto Ibson brincava na piscina de sua casa, no Bairro da Graminha, sofreu um acidente e teve como consequência uma anoxia cerebral - condição caracterizada pela falta de oxigênio no cérebro, podendo resultar em danos cerebrais irreversíveis.

A partir daí, Ibson começou um longo processo de recuperação e batalha pela vida. O adolescente foi transferido para Marília devido à gravidade de seu estado de saúde. De acordo com familiares, a morte do garoto chegou a ser constatada no Hospital, porém, minutos depois, Ibson voltou a respirar, surpreendendo inclusive os médicos, motivo pelo qual adquiriu o apelido de Guerreiro.

Devido às graves sequelas do acidente, Ibson dependia de cuidados especiais e dedicação total da família, que chegou a montar um quarto especial na residência onde morava.

Foram muitas as manifestações para a recuperação de Ibson. Amigos fizeram promoções para arrecadar recursos para o seu tratamento. Também atletas do CAS chegaram a prestar homenagem ao garoto, enquanto ele estava internado em Marília. Antes do início do jogo do Campeonato Regional de Futebol Infantil, os jogadores entraram em campo com os dizeres "Força Ibson" e segurando a camisa de número 3 que pertencia ao atleta.