29/01/2018

Estrada: Mais da metade do lixo recolhido no Corredor Raposo Tavares é reciclável

 

 

Materiais descartados irregularmente na malha rodoviária ao longo do ano preencheriam duas piscinas olímpicas

 

De Bauru a Presidente Epitácio, a limpeza feita diariamente ao longo do Corredor Raposo Tavares resulta no recolhimento de quantidade expressiva de material jogado na pista ou no acostamento, sendo a maior parte reciclável. Para se ter ideia da importância do trabalho das equipes de manutenção e limpeza, a quantidade de material dispersada irregularmente no trecho administrado pela CART ao longo do ano seria suficiente para encher quase duas piscinas olímpicas. No período de férias, quando o fluxo de veículos aumenta em média 20%, a CART – Concessionária Auto Raposo Tavares reforça a necessidade da colaboração de seus usuários com a limpeza das rodovias.

 

Por mês, em média, são recolhidos 574 metros cúbicos de lixo na SP-270 – Raposo Tavares, SP-225 – João Baptista Cabral Rennó e SP-327 – Orlando Quagliatto. Deste total, 343 m³ (60%) são recicláveis, como plástico, garrafas PET, latas de refrigerantes, papel, papelão, plásticos, recipientes de vidros e sacolas. “É uma quantia considerável de material reciclável recolhido por nossas frentes de limpeza, que desempenham um papel indispensável à preservação do meio ambiente em nosso trecho”, afirma Athayde Caldas, Gerente de Relações Institucionais da CART. “Na outra ponta, a CART contribui com a geração de emprego e renda nos municípios direcionando esse material para cooperativas de reciclagem”, ressalta.

 

Já o material não-reciclável corresponde a 62,5 m³. São embalagens com restos de alimento, isopor e papel higiênico. Outro item que chama a atenção pela quantidade recolhida são fraldas descartáveis usadas. “Recomendamos às mamães que viajam pelo Corredor a utilizarem nossas bases. Os 12 SAUs [Serviço de Atendimento ao Usuário] dispõem de toda infraestrutura necessária para o conforto dos viajantes nas paradas de descanso, inclusive fraldário”, menciona.

 

Mensalmente, as equipes recolhem cerca de 16 m³ de resíduos de borracha nas pistas. Boa parte é resto de ressolagem de pneus de veículos pesados.  Esse material é levado para ecopontos. Também são contabilizados nesta relação materiais orgânicos (roçada da grama e restos de poda), que totalizam 151,3m³ por mês.

 

As equipes de limpeza da CART atuam com equipamento de capina de vegetação, pás, além de caminhões de varredura e de transporte de ferramentas. “Para uma rodovia ainda mais limpa, a orientação é que o motorista leve sacolas plásticas para depositar seu lixo no interior do veículo e descartá-lo adequadamente na próxima parada. Nossas bases de atendimento possuem lixeiras para material orgânico e reciclável e são uma alternativa para o descarte nas paradas para descanso rápido ou para solicitar informações”, ressalta Caldas.

 

Meio ambiente

A presença de resíduos na malha viária pode provocar acidentes, além do impacto ambiental. Com as chuvas, o lixo é levado pela enxurrada para os rios. Animais silvestres que habitam às margens da rodovia nas áreas de vegetação são atraídos para a pista e há o risco de atropelamento, que oferece ainda perigo aos ocupantes dos veículos.

 

A consciência ambiental é reforçada por meio das ações do PRA – Programa de Redução de Acidentes, que a CART desenvolve nas comunidades em parceria com a ARTESP – Agência de Transportes do Estado de São Paulo. A exposição itinerante “Rastros de Fauna” tem como principal público estudantes. “Um dos objetivos deste trabalho nas escolas é fazer dos alunos multiplicadores de conhecimento, alertando sobre o que a prática de jogar lixo na rodovia pode provocar”, afirma Athayde Caldas. 

 

Contribuir com a limpeza da malha rodoviária é participar, ainda que indiretamente, de um consistente trabalho de preservação da fauna. No Corredor Raposo Tavares, o programa de mitigação de atropelamento de fauna atingiu resultado acima do indicado pela literatura científica. Em um trecho de 71 km de malha rodoviária, que compreende Maracaí e Regente Feijó, houve redução de 72% no índice de atropelamentos de animais silvestres, mesmo com a duplicação da pista e aumento do volume de veículos passantes.

 

Considerando apenas os pontos críticos de atropelamento mapeados nesse segmento, o índice de redução atingiu 86%. A literatura científica indica que pontos tratados representam entre 79% e 97% de redução. Um trabalho que envolve, além da implantação da estrutura de passagens de fauna, monitoramento constante. “Os animais, de acordo com literatura específica, levam um tempo para reconhecer a utilidade desses dispositivos, o que chamamos de curva de aprendizagem. Se o lixo é lançado na rodovia e o atrai para a pista, este processo é comprometido”, explica Caldas.

 

Sobre a CART:

A CART, uma empresa Invepar Rodovias, administra o Corredor CART, que é formado pelas rodovias SP-225 João Baptista Cabral Rennó, SP-327 Orlando Quagliato e SP-270 Raposo Tavares, no total de 834 quilômetros entre Presidente Epitácio e Bauru, sendo 444 no eixo principal e 390 quilômetros de vicinais. A segurança dos usuários é um compromisso da Concessionária. Em 2016, a CART registrou 16,23% menos acidentes nas rodovias sob sua concessão em relação ao ano anterior e, no mesmo período, queda de 33,3% em vítimas fatais, antecipando os objetivos determinados como meta pela Década Mundial de Redução de Acidentes. A CART está entre as 10 melhores Concessionárias de Rodovias do Estado de SP, ocupando a sexta posição no ranking divulgado pela ARTESP - Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo.