03/10/2017

Uma pessoa comete suicídio a cada 40 segundos no mundo

 

 

Psicóloga, Simone alerta para sensibilidade necessária das pessoas ao problema

 

Ao longo de setembro muito se falou sobre a prevenção ao suicídio, tendo em vista ser este o mês escolhido para debater este problema de saúde pública.

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), um milhão de pessoas cometeram suicídio no ano 2000. As pesquisas trazem ainda dados preocupantes, que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo, e a cada três segundos uma pessoa tenta contra a própria vida. No Brasil, 32 pessoas se matam por dia, a taxa de mortalidade é maior se comparada a doenças como o câncer.

Por outro lado, pesquisas apontam que nove entre dez casos poderiam ser evitados. A psicóloga, Simone Alves Cotrin Moreira, Supervisora de Saúde Mental, na Secretaria Municipal de Saúde de Marília, fala sobre o assunto e como toda a sociedade pode ajudar a conter este ato por parte de alguém da família ou mesmo conhecido,

“O Setembro Amarelo foi instituído para chamar atenção sobre o problema, mas a nossa conduta para evitar estes casos deve ser constante”.

As pesquisas sobre o assunto indicam ainda que quem mais se mata são pessoas com: depressão, transtorno de personalidade, traços de impulsividade, história de suicídio na família e alcoólatras. O suicídio também pode estar associado a algumas doenças neurológicas, AVC, câncer e HIV.

Estudos demonstram também que os homens se matam mais em relação às mulheres. O pico de idade para o suicídio é de 15 a 35 anos ou acima de 75 anos.

A psicóloga alerta que devemos estar atentos a alguns sinais demonstrados como desespero, baixa estima e desamparo.

“É preciso desmistificar alguns pontos como as falas ‘quem quer se matar não avisa’, ou ‘passou o risco’. As pessoas que estão próximas devem estar abertas para conversa, ouvir mais e falar menos. Alguns minutos podem fazer a diferença, pois aquele que estava com a intenção de se suicidar perde o foco da situação”, ressalta a psicóloga.

Já os profissionais de saúde que atendem este tipo de paciente devem manter uma escuta qualificada, ouvindo as dores emocionais, sabendo interpretar os sinais para encaminhamento ao tratamento psicoterapêutico e medicamentoso.

Mais informações sobre as ações do Setembro Amarelo, podem ser acessadas no site: www.setembroamarelo.org.br.