CPI das horas extras entra na segunda semana e terá "maratona" de depoimentos
[caption id="attachment_6234" align="alignnone" width="300"] Miro Picinin foi o único ouvido nesta segunda-feira; Amanhã serão sete[/caption]Na tarde desta segunda-feira (27), a CPI que investiga o pagamento de horas extras fictícias na Codesan ouviu Miro Picinin, que foi presidente da empresa durante parte do governo Adilson Mira, de quem era vice-prefeito, e também ocupou o cargo de diretor executivo no começo da gestão Otacílio Parras Assis. Miro estava na Codesan no primeiro semestre de 2013, quando as horas extras irregulares teriam sido descobertas e uma reestruturação salarial promovida, cessando tais pagamentos.
Miro Picinin declarou à CPI que sua função na Codesan, neste período, era basicamente externa, fiscalizando obras. Ele disse que foi informado na época pelo então presidente Eduardo Blumer e pelo diretor financeiro Abelardo Pinheiro Guimarães (que já depuseram à CPI) sobre as irregularidades e que a tal reestruturação seria feita. Picinin disse não saber se o prefeito Otacílio teve conhecimento de todos os fatos na ocasião. Falou ainda que não tem ciência a respeito de quando tais pagamentos poderiam ter começado, mas que acredita ter sido uma forma de complementação salarial – “ilegal”, frisou. Miro Picinin também informou à comissão que nenhum procedimento administrativo foi instaurado naquele momento para apurar o caso com mais detalhes. “O que sei é que o fato foi descoberto e corrigido. As horas irregulares pararam de ser pagas a partir da reestruturação”.
Confundiu?
Em entrevista à rádio Band FM nesta segunda-feira, o prefeito Otacílio rebateu a versão do ex-diretor financeiro da Codesan, Abelardo Pinheiro Guimarães, que, na semana passada, declarou à CPI que o mandatário tinha conhecimento das irregularidades desde 2013, quando teria sido informado pela própria direção da empresa. Otacílo disse que Abelardo “se confundiu”. De acordo com o prefeito, a informação levada a ele na época era que de que os pagamento descobertos seriam para complementar os salários do pessoal do pátio da companhia, já que algumas categorias ganhavam abaixo do piso. Parras reafirmou que só teve conhecimento das horas extras fictícias pagas a funcionários do setor administrativo – objeto de investigação da CPI – agora, em 2017, após denuncia do atual presidente, Claudio Gimenez.
"Maratona"
Para amanhã (28), uma série de depoimentos esta agendada na CPI. Serão ouvidos o ex-prefeito Manezinho, o ex-vereador Psiu e o vereador Edvaldo Godoy (que participaram da CPI da Codesan em 2015), além de ex-membros dos conselhos da Codesan: Marcelo Picinin, vereador Luizão da Onça, Neide de Fátima Basseto Ribeiro e Rosário Pegorer.
As oitivas são abertas ao público e começam às 14h00 no plenário da Câmara Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo.