20/02/2018

Relatório da CPI pede a troca do presidente da Codesan

 

 

Luciano Severo, presidente da CPI, acompanha Cristiano Neves fazer a leitura do relatório

 

Foi lido na noite desta segunda-feira (19) o relatório final da CPI que investigou o pagamento de horas extras irregulares na Codesan, e a surpresa ficou por conta da parte do documento destinada ao atual presidente da empresa, Claudio Agenor Gimenez.

O relatório disse que Claudio mentiu em seu depoimento, que estão acontecendo irregularidades na empresa, que o presidente dificultou acesso a documentos e por fim pediu para que o prefeito faça a troca imediata do atual mandatário da Codesan.

O prefeito Otacílio Parras Assis acompanhou a leitura do relatório, por várias vezes sorriu, em outras se mostrou incomodado, mas não quis se pronunciar sobre o relatório final, apenas disse "Ouçam a radio amanhã" quando foi questionado por alguns jornalistas se iria conceder entrevistas.

O golpe foi duro, pois Claudio é muito prestigiado pelo prefeito, e várias vezes em que esteve na corda bamba, Otacílio fazia questão de mostrar todo o prestigio do presidente da Codesan.

E pode se dizer que o golpe foi ainda mais duro pelo fato de a CPI ter sido conduzida por três vereadores ligados ao prefeito, Luciano Severo (até então o candidato de Otacílio em 2020), Lourival do RX (amigo pessoal) e Joel Araujo, também da bancada da situação.

Fica praticamente impossível o prefeito continuar bancando Gimenez no cargo após a noite de ontem, e nos bastidores se comenta que Miro Picinin, que já ocupou a presidência da empresa, pode ser convidado para assumir nas próximas horas.

Além de dizer que Claudio mentiu na CPI, que ele já sabia das horas extras faz tempo e que tentou ocultar documentos, o relatório ainda acusou o presidente da Codesan de demitir de forma irregular pessoas concursadas e depois contratar outros profissionais para ocupar mesma função, só que como cargo de confiança (sem concurso) e com salários maiores.

Sempre que pode Claudio Gimenez usa microfones dóceis a administração para se gabar, e dizer que ele está sanando a empresa, que o local não é mais cabide de empregos, e está economizando com funcionários, teses que a CPI derrubou ontem.

O relatório também confirmou o que todos já sabia, foram pagas sim horas extras de forma irregular, e isso vem acontecendo desde 1992.